Dor lombar não é “só” um desconforto

A dor lombar é a segunda principal causa de dor crônica a nível mundial e a segunda consulta mais frequente frequentes em serviços de emergência. Além disso, estudos indicam que cerca de 84% da população adulta apresentará dor lombar em algum momento da vida.

Segundo especialistas, as lombalgias são responsáveis por 25% de todos os dias perdidos por invalidez, como também uma das razões mais comuns de aposentadoria precoce por incapacidade parcial ou total. Por isso, é relatada como a principal causa de absenteísmo no mundo, não afetando somente o indivíduo, mas gerando repercussões trabalhistas, profissionais e sociais. Assim, esses “desconfortos comuns” representam um grande consumo de recursos para empresas e sistemas de saúde, sendo considerados um problema de saúde pública.

De onde vem essa dor?

Existem 3 categorias de dor lombar: Patologia espinhal específica (Infecção, tumor, osteoporose, fratura, deformidade…); radiculopatia (compressão da raiz do nervo lombar); e dor lombar inespecífica (não atribuída a uma patologia específica). A última normalmente se associa a uma dor aguda e mais comum entre a população.

Apesar da maior parte das queixas de dor lombar estarem associadas a dores inespecíficas e agudas, estima-se que cerca de 40% desses casos se tornam crônicas, ou seja, contínuas e com duração mínima de 3 meses. Dessa forma, há a necessidade de pensar em medidas de prevenção e tratamento ainda em fase aguda.

Existem diversos fatores de risco para se desenvolver uma lombalgia. A postura estática durante longos períodos é considerada um dos principais fatores, por isso enfatizamos a importância de realizar pausas no trabalho. Também recomenda-se variar as posições que adota. Caso permaneça sentado por períodos muito longos, mesmo que adote uma postura alinhada, terá prejuízos se não variar as posturas.

Além disso, a idade avançada, carregar peso em excesso, fumar, depressão, obesidade, escoliose severa, uso de drogas, sedentarismo e fatores psicossociais podem ocasionar casos de lombalgia. Dentre os fatores psicossociais, estudiosos apontam que a insatisfação com o trabalho e a monotonia das tarefas apresentam grande influência no desenvolvimento de dor lombar e outras doenças.

Ações de prevenção e tratamento

Você percebeu a importância de se prevenir o surgimento ou agravamento dessas dores? Já possui índices altos de afastamento por lombalgias em sua empresa? Então adote o quanto antes algumas as medidas preventivas e de tratamento.  As ações envolvem programas e atividades de conscientização que minimizam os riscos anteriormente citados.

A Ginástica Laboral é uma ferramenta indispensável para prevenir e tratar a dor lombar. Trabalha aspectos como consciência postural, mobilidade da coluna, fortalecimento da lombar e relaxamento de músculos posturais. Além disso, funciona como uma pausa no trabalho e torna a rotina menos monótona, inserindo momentos de descontração e socialização no expediente. Estudos confirmam que a Ginástica tem influência significativa na diminuição de dores nas costas e em melhores hábitos posturais.

Programas de exercício são efetivos contra a dor lombar por fortalecer a musculatura que estabiliza a coluna e prepará-la para o dia a dia. Ainda, têm efeito positivo contra a depressão e a obesidade. Estudos indicam que indivíduos fisicamente ativos tem menos relatos de dor lombar, como também se recuperam mais rápido de uma dor aguda.

A massagem é uma ótima alternativa para aliviar a tensão na região e tratar a dor mais diretamente. Um programa de quick massage pode incluir essa medida durante o expediente de trabalho e ainda estimular a satisfação dos funcionários.

A Ergonomia também se destaca como uma forma de se prevenir afastamentos por lombalgia. A má postura ao sentar ou ao carregar peso normalmente está relacionada à forma que o indivíduo se adapta ao ambiente. Portanto, com um ambiente ideal para se trabalhar, as queixas relacionadas ao desconforto físico diminuem. Busque adaptar o ambiente ao corpo, não o contrário.

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